Há 75 anos, Hiroshima e Nagasaki eram atingidas por bombas nucleares
Há exatos 75 anos a cidade de Hiroshima, no Japão, era atingida por uma bomba atômica de urânio.
A explosão matou dezenas de milhares de pessoas logo no seu impacto. Nos meses seguintes, várias outras morreram por causa de queimaduras, por envenenamento radioativo e por outras lesões agravadas pelos efeitos da radiação.
Três dias depois seria a vez da cidade de Nagasaki, no Japão, atingida por uma bomba atômica de plutônio.
As bombas mataram de 90 a 166 mil pessoas em Hiroshima, e de 60 a 80 mil pessoas em Nagasaki — em sua grande maioria civis, pessoas comuns.
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Openheimer foi um dos cientistas responsáveis por desenvolver a bomba atômica.
Ao testemunhar a primeira detonação atômica em 16 de julho de 1945, ocorrida num teste no Novo México, o cientista lembrou-se de uma frase sombria do livro religioso Baghavad Gita:
“Tornei-me a Morte, a Destruidora de Mundos.”
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“Sejamos claros, inequívocos e contundentes: não há “opção nuclear”, a ameaça de armas nucleares é uma afronta à razão humana; não há “alternativa nuclear”, o uso de armas nucleares constitui uma atrocidade, um crime contra a humanidade. Há que caracterizar os arsenais existentes de armas nucleares, e de outras armas de destruição em massa, como o que verdadeiramente são: um escárnio, o derradeiro insulto à razão humana, uma afronta à consciência jurídica da humanidade.”
- Antônio Augusto Cançado Trindade (Os tribunais internacionais e a realização da justiça. 2 ed. Belo Horizonte: Del Rey, 2017, p.291.)
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“Os apoiadores dos bombardeios geralmente afirmam que eles causaram a rendição japonesa, evitando baixas em ambos os lados”.
“Aqueles que se opõem aos bombardeios citam uma série de razões para o seu ponto de vista, entre eles: a crença de que a bomba atômica é fundamentalmente imoral; que os bombardeios podem ser considerados como crimes de guerra; que foi algo militarmente desnecessário; que constituí terrorismo de Estado e de que se tratava de racismo e desumanização contra o povo japonês.”