“Canção da estrada aberta — 1”, de Walt Whitman
1.
A pé e de coração leve eu escolho a estrada aberta,
Saudável, livre, o mundo diante de mim,
O longo caminho de terra diante de mim levando-me para onde quer que eu queira.
Eu não peço boa sorte, eu mesmo sou a boa sorte,
Eu não reclamo mais, eu não procrastino mais, não preciso de nada,
Basta de reclamações entre as paredes e bibliotecas, basta de querelas críticas,
Forte, satisfeito, eu viajo pela estrada aberta.
A terra, isto é suficiente,
Eu não quero as constelações mais perto,
Eu sei que elas estão muito bem onde estão,
Eu sei que elas são o suficiente para aqueles que pertencem a elas.
(Mesmo aqui eu carrego meus velhos e deliciosos fardos,
Eu os carrego, homens e mulheres, eu os carrego comigo para onde quer que eu vá,
Eu juro, é impossível me livrar deles,
Estou preenchido deles, vou preenchê-los de volta).
Tradução: Henrique Napoleão Alves.